Nos dias de hoje, o phishing se tornou um dos maiores pesadelos para empresas de todos os tamanhos. O que deveria ser uma barreira de proteção, o treinamento dos funcionários contra esses ataques, tá se mostrando um investimento duvidoso. Um estudo recente da UC San Diego Health e Censys revelou que, apesar dos esforços, esses programas de treinamento têm um efeito quase nulo na capacidade dos colaboradores de identificar e evitar e-mails fraudulentos. Isso é preocupante, principalmente em um cenário onde o phishing é a principal porta de entrada para ransomwares e outras ameaças cibernéticas.

Por que o treinamento contra phishing falha?

Os pesquisadores analisaram mais de 19 mil funcionários ao longo de oito meses e descobriram que não havia relação significativa entre a conclusão de um treinamento de segurança cibernética e a resistência a e-mails de phishing. Em outras palavras, mesmo aqueles que passaram pelo treinamento não estavam mais preparados para lidar com esses ataques. E o que é mais alarmante: a taxa de cliques em e-mails fraudulentos aumentou com o tempo. Isso demonstra que a falta de engajamento com o material de aprendizado é um dos principais fatores para o fracasso desses programas.

Engajamento é a chave

Quando o assunto é aprender a se proteger contra phishing, a maneira como o conteúdo é apresentado faz toda a diferença. O estudo aponta que as pessoas simplesmente não estão se envolvendo com o treinamento. Muitas vezes, esses programas são vistos como uma obrigação chata, passando de forma apressada e sem muita reflexão. O resultado? A maioria dos funcionários não absorve o conhescimento necessário para se proteger. É como ensinar alguém a dirigir só através de um manual, sem prática real.

Dicas para melhorar a eficácia do treinamento

Se o treinamento tradicional não tá funcionando, o que podemos fazer, então? Aqui vão algumas dicas que podem realmente fazer a diferença:

Além disso, é importante implementar medidas técnicas, como a autenticação em duas etapas. Isso pode ser um verdadeiro salva-vidas quando o treinamento falha. A segurança não deve depender apenas do conhecimento do usuário, mas também de camadas adicionais de proteção.

Reflexões finais

Em suma, o combate ao phishing requer uma abordajem mais holística. Não podemos nos contentar com treinamentos que não engajam e que não trazem resultados. É preciso pensar fora da caixa e investir em métodos que realmente conectem os colaboradores com o aprendizado. A segurança cibernética não é apenas uma tarefa do departamento de TI, mas sim uma responsabilidade compartilhada por todos dentro da organização. Se não mudarmos a forma como abordamos esse tema, corremos o risco de continuar a ser vítimas fáceis para os cibercriminosos. E, convenhamos, ninguém quer estar na lista das próximas vítimas.