Recentemente, uma notícia chamou a atenção de muitos pais e profissionais de tecnoligia: a chegada de bichos de pelúcia movidos por inteligência artificial, que prometem ser uma alternativa aos tradicionais aparelhos eletrônicos que consomem a atenção das crianças. A proposta é interessante, mas será que estamos realmente prontos para essa nova forma de interação?

O que são esses brinquedos A.I.?

Esses novos brinquedos, como o Grem da startup Curio, são essencialmente chatbots disfarçados de pelúcias fofinhas. A ideia é que eles possam interagir com as crianças, respondendo perguntas e até jogando jogos, tudo isso enquanto as crianças ficam longe das telas. No entanto, a jornalista Amanda Hess, do The New York Times, expressou suas preocupações sobre essa "inovação". Durante uma demonstração, ela percebeu que Grem parecia mais uma substituição da presença dos pais do que uma simples companhia.

O dilema da interação

O que me faz refletir é: até que ponto essa interação é benéfica? Por um lado, as crianças podem se distrair com esses brinquedos e aparentemente evitar o uso excessivo de tablets e TVs. Mas, por outro lado, isso pode enviar uma mensagem sutil de que a curiosidade infantil deve ser satisfeita por meio de algoritmos e não de interações humanas. É como se estivéssemos preparando o terreno para que a curiosidade das crianças se concentre apenas nas telas.

Dicas para pais e desenvolvedores

Caso você seja pai ou desenvolvedor, aqui vão algumas dicas que podem ajudar a navegar nesse novo cenário:

Considerações finais

Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, a chegada de brinquedos A.I. representa um novo desafío. É crucial que tanto os pais quanto os desenvolvedores estejam cientes das implicações que isso pode ter na formação das crianças. A interação humana nunca deve ser subestimada. Afinal, o que é melhor: um brinquedo que fala, ou uma conversa sincera entre pai e filho? Para mim, a resposta é clara. E você, o que pensa sobre isso?

Vamos nos lembrar que a tecnologia deve ser uma ferramenta a nosso favor, mas não uma substituta para o que realmente importa: o contato humano.