Recentemente, enquanto navegava pelas redes sociais, me deparei com uma matéria que me fez refletir sobre a interseção entre tecnolgia, marketing e a percepção pública sobre inteligência artificial. A startup Friend, que lançou um dispositivo vestível de AI, decidiu investir mais de um milhão de dólares em uma campanha publicitária nas estações de metrô de Nova York. E, claro, isso gerou uma série de reações, principalmente negativas, entre os nova-iorquinos.
Um panorama sobre a campanha
Avi Schiffman, o CEO da Friend, descreveu essa iniciativa como “a primeira grande campanha de AI do mundo”. O que é, sem dúvida, uma afirmação ousada. Com mais de 11 mil cartões em carros de metrô e quase 1.300 painéis urbanos, a presença da Friend é inegável. Mas o que realmente chama a atenção é como essa estratégia se alinha com a crítica crescente ao que chamamos de “capitalismo de vigilância”.
O dispositivo, que custa 129 dólares, foi alvo de críticas por sua aparente vigilância constante.. Muitos até vandalizaram os anúncios, chamando a atenção para o fato de que um produto que promete ser um “amigo” pode, na verdade, ser um invasor. Isso nos leva a uma pergunta crucial: até que ponto as empresas de tecnologia devem ir para promover seus produtos?
A arquitetura da campanha
Como arquiteto de software, uma das coisas que mais me intrigam é como a arquitetura das campanhas publicitárias pode ser desenhada para atingir um público específico. A escolha de espaços publicitários, a estética dos anúncios e a menssagen transmitida são tão importantes quanto a tecnologia em si. Schiffman optou por um design minimalista, com muito espaço em branco, talvez na esperança de que isso gerasse reflexões sobre o próprio produto e sua função na sociedade.
O papel do feedback na arquitetura de software
Assim como na tecnologia, onde o feedback do usuário é essencial para refinar produtos, as empresas precisam estar atentas à reação do público. A Friend, ao investir em uma campanha de tal magnitude, certamente estava ciente das possíveis repercussões. Mas, será que a empresa está realmente preparada para lidar com as críticas? É preciso ter uma arquitetura flexível, tanto no produto quanto na estratégia de marketing, para se adaptar rapidamente às reações do mercado.
Dicas para campanhas de tecnologia
Se você está pensando em lançar um produto de tecnologia e planeja uma campanha de marketing, aqui vão algumas dicas que podem ajudar:
- Entenda seu público: Pesquise a fundo sobre quem são seus usuários e quais são suas preocupações.
- Seja transparente: Os consumidores valorizam a honestidade. Se seu produto coleta dados, explique como e por quê.
- Inove no design: Um design atrativo pode gerar curiosidade, mas cuidado com o minimalismo excessivo que pode ser interpretado como vazio.
- Prepare-se para o feedback: Esteja pronto para críticas e saiba como responder a elas de forma construtiva.
Conclusão
O caso da Friend serve como um lembrete poderoso de que, no mundo da tecnologia, não se pode ignorar a percepção pública. A forma como uma empresa se comunica com seu público pode ser tão impactante quanto o próprio produto. À medida que avançamos para um futuro onde a AI se torna cada vez mais presente em nossas vidas, é essencial que os arquitetos de software e os profissionais de marketing trabalhem juntos para construir não apenas sistemas eficazes, mas também campanhas que ressoem positivamente com a sociedade. Afinal, a tecnologia deve ser uma aliada e não uma ameaça.