Nos últimos tempos, a comunidade Java tem enfrentado uma série de desafios, especialmente no que diz respeito à segurança e à performance dos sistemas. Com a recente anúncia da Canonical, que lançou builds certificadas do OpenJDK, uma nova luz surge no horizonte. Este movimento não só promete um apoio de segurança prolongado, mas também traz inovações que podem transformar a forma como desenvolvemos aplicações em Java.
Introdução
Se você é desenvolvedor Java, sabe bem que a segurança é uma das maiores preocupações atualmente. A Canonical, conhecida por sua distribuição Ubuntu, agora entra na briga com seus próprios builds do OpenJDK, dando suportte de segurança que chega até 12 anos. Isso é uma baita mudança de jogo, principalmente pra quem ainda utiliza versões mais antigas do Java, como a 8, que ainda é bastante popular entre as empresas. Mas vamos lá, o que realmente muda com essa nova abordajem?
O que são os builds da Canonical e como funcionam?
A proposta da Canonical é simplis, mas poderosa. Eles introduziram o que chamam de Chiseled Open Java Runtime Environment (OpenJRE), que são containers otimizados, menores e mais seguros. Esses containers são até 56% menores que as imagens comparáveis do Temurin OpenJDK. Por exemplo, a imagem comprimida do Chiseled JRE 8 tem apenas 37MB, enquanto a JRE 17 fica em torno de 44MB. Isso, por si só, já é um grande atrativo para quem vive no mundo do CI/CD.
Menos é Mais
O conceito de "menos é mais" se aplica aqui de forma muito eficaz. Menores containers significam menos dependências, o que reduz a superfície de ataque. Segundo relatórios, 90% dos serviços Java têm pelo menos uma vulnerabilidade crítica ou de alta gravidade, e muitas vezes isso vem de bibliotecas de terceiros que são incluídas sem que o desenvolvedor perceba. Menos código de terceiros nos containers significa menos chances de problemas futuros. Isso é algo que qualquer arquiteto de software deve considerar seriamente.
Dicas Avançadas para Implementação
Agora, se você já está pensando em adotar esses novos builds, aqui vão algumas dicas práticas:
- Teste antes de migrar: Sempre realize testes de compatibilidade com suas aplicações existentes antes de uma migração total.
- Utilize GraalVM: Ele permite compilar seu código Java em executáveis nativos, melhorando drasticamente os tempos de inicialização.
- Explore o CRaC: O Coordinated Restore at Checkpoint é uma ferramenta sensacional para acelerar o desempenho de aplicações em ambientes containerizados.
- Fique por dentro das atualizações: A Canonical está alinhando seus lançamentos com as versões do OpenJDK, então fique atento às novas funcionalidades que surgem.
Conclusão
Em resumo, a Canonical está se posicionando como uma força significativa no ecossistema Java, oferecendo suporte a longo prazo e builds otimizados que atendem às demandas modernas de segurança e performance. Para nós, arquitetos de software, isso significa que temos uma nova ferramenta poderosa em nosso arsenal. Com a segurança em primeiro plano e a performance otimizada, é hora de repensar nossas abordagens e aproveitar essas inovações. Afinal, no mundo do desenvolvimento, a adaptação é a chave para o sucesso.
Portanto, se você ainda está hesitando, considere essa nova opção. O futuro do Java parece promissor, e a Canonical está liderando a jornada.