Nos últimos tempos, a discussão sobre a melhorr abordagem para a arquitetura de sistemas está fervilhando. A reportagem que li recentemente, "AI killed the cloud-first strategy: Why hybrid computing is the only way forward now", me fez refletir sobre a evolução das estratégias de computação. A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está empurrando muitas empresas a reconsiderar suas escolhas de infraestrutura, e o modelo híbrido parece ser a saída mais inteligente.

Introdução

A cloud, que durante anos foi vista como a solução mágica para todos os problemas, agora enfrenta novos desafios. Com o crescimento exponencial da IA, surgem questões sobre custo, latência e segurança. É hora de parar e pensar: será que a estratégia de "cloud-first" ainda é a melhor? O que vemos agora é uma movimentação em direção ao híbrido, onde se combina o melhor dos dois mundos: a flexibilidade da nuvem e a consistência do ambiente on-premises.

Desvendando o modelo híbrido

O modelo híbrido não é apenas uma tendência; é uma necessidade. A Deloitte, em sua análise, apontou que a infraestrutura construída para estratégias "cloud-first" já não dá conta das exigências econômicas da IA. O que isso significa na prática? Alguns pontos cruciais precisam ser considerados.

Custos crescentes

Um dos principais problemas citados é o aumento inesperado dos custos na nuvem. Embora os preços de tokens de IA tenham caído drasticamente, muitas empresas estão enfrentando contas mensais que chegam a dezenas de milhões. Esse cenário leva a uma reflexão: quando os custos da nuvem superam 60% a 70% do total para sistemas equivalentes on-premises, faz mais sentido optar por investimentos de capital.

Latência crítica

A IA, por sua natureza, exige respostas rápidas. Aplicações que demandam latência de 10 milissegundos ou menos simplesmente não conseguem tolerar os atrasos inerentes ao processamento em nuvem. Aqui, a infraestrutura local se torna fundamental para garantir a resiliência e a eficácia dos processos.

Resiliência e soberania de dados

Outra questão importante é a soberania dos dados. Muitas empresas estão trazendo de volta seus serviços de computação, preocupadas com a dependência de provedores que não estão sob sua jurisdição. A resiliência, que garantirá que tarefas críticas não sejam interrompidas em caso de falha de conexão com a nuvem, é vital.

Dicas para adotar uma estratégia híbrida

Adotar um modelo híbrido pode parecer desafiador, mas aqui vão algumas dicas para facilitar essa transição:

Conclusão

A estratégia híbrida surge como a solução mais viável diante de um cenário onde a IA está cada vez mais presente. As empresas precisam adaptar suas infraestruturas para atender às demandas atuais, e o equilíbrio entre o que se mantém na nuvem e o que fica on-premises é crucial. Pessoalmente, acredito que a flexibilidade trazida pelo híbrido não só otimiza os custos, mas também potencializa a performance e a segurança dos sistemas. Portanto, se você ainda está preso a um modelo "cloud-first", talvez seja a hora de reavaliar suas escolhas.